Senai apresenta possibilidades de aumento da produtividade

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Programas de eficiência energética e manufatura enxuta estão disponíveis para micro, pequenas e médias empresas - Crédito: Luciana Brune

Durante o Café da Indústria em Teutônia, na quarta-feira (25/6), o gerente de operações do Senai no Vale do Taquari, Jerry Amarildo Hibner, apresentou uma possibilidade aos empresários presentes: elevar a produtividade em mais de 20% e reduzir o consumo de energia elétrica em até 10%, “sem custos para micro e pequenas indústrias”.

Jerry detalhou como os programas do Senai podem ajudar a indústria de Teutônia frente ao desafio da escassez de mão de obra e gerar melhores resultados no cenário econômico atual. Como parte do Movimento Brasil Mais Produtivo, foram apresentados dois programas disponíveis para as indústrias da região: Eficiência Energética e Manufatura Enxuta. O programa federal, com execução regional, oferece consultorias técnicas presenciais conduzidas por profissionais do Senai.

O eixo Eficiência Energética busca a redução mínima de 10% no consumo de energia elétrica, sem a necessidade de instalar placas solares ou equipamentos de alto custo. A economia vem da análise e readequação de processos produtivos. Já no Manufatura Enxuta, aplicam-se princípios lean no chão de fábrica, com foco na eliminação de desperdícios, reorganização de leiaute, análise de gargalos e aumento de produtividade. O ganho esperado é de pelo menos 20% em produtividade. Ambos trabalhos são realizados por técnicos do Senai, diretamente em contato com as empresas.

As consultorias presenciais não têm custo para micro e pequenas empresas. A média empresa também pode acessar o programa, porém, terá um investimento equivalente a 30% do valor real da consultoria, o que gira em torno de R$ 6 mil. “Mesmo empresas com equipamentos novos precisam de orientação. É com olhar técnico, experiência e diagnóstico especializado que conseguimos identificar gargalos escondidos nos processos”, afirmou o representante.

Segundo ele, 34 empresas da região já estão em processo de atendimento, e a meta é alcançar no mínimo 55 até o fim do ciclo. Podem participar empresas industriais com CNPJ enquadrado nos códigos Cnae de 05 a 43, que contem com, no mínimo, cinco funcionários com carteira assinada.

A partir de depoimentos em vídeo, foram apresentados alguns resultados: 23% de aumento na produtividade e 22% em disponibilidade de máquinas, sem adquirir novos equipamentos em uma indústria metalúrgica local. Outrocase de sucesso apontou a redução de 400 toneladas por ano na emissão de CO₂, um ganho ambiental aliado à economia financeira.

Além da consultoria técnica, cada empresa também recebe uma trilha de capacitação profissional, com cursos entre 80 e 120h voltados à temática da consultoria recebida. O objetivo é que os aprendizados se tornem parte da cultura da empresa.

Para ter acesso aos programas, as empresas podem contatar a CIC Teutônia e pedir a visita de uma equipe técnica para o diagnóstico preliminar, sem custo, mesmo para médias empresas. No evento, Jerry apresentou dois profissionais da equipe com a missão de realizar esta conexão mais próxima com as empresas do Vale.

O gestor destacou o papel do Senai como braço direito da indústria gaúcha. “O Senai é de vocês, da indústria. Queremos ser demandados para atender cada necessidade, seja em formação, consultoria, estágio ou tecnologia”, enfatizou o representante.

A sede regional do Senai é em Lajeado, mas ocorre atuação ativa em Teutônia, com oferta de cursos e laboratórios, por meio da parceria com a Prefeitura. A estrutura para os cursos de Eletricista Predial e Confecção Têxtil são montadas no posto de atendimento, e também serão modernizados os espaços já utilizados, com oferta de cursos para a área do calçado e de Operador de Projetos Logísticos.

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