Alyssa Pityssa visa trazer novo olhar para alimentação vegana em Lajeado

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Alyssa Pityssa está localizada no Centro de Lajeado / Crédito: Divulgação

O que um alimento é capaz de fazer além de realizar funções relacionadas ao matabolismo e fornecimento de energia? Para Alyssa Goergen Antoniolli, proprietária da pizzaria vegana, Alyssa Pityssa, é possível trazer consciência ambiental para o prato.

Localizado no Centro de Lajeado, o empreendimento foi aberto em março de 2021 com o intuito de provocar questionamentos sobre todo o tipo de exploração – como de gênero, raça e sexual – e também, promover o apoio a pequenos negócios, por meio de debates em publicações nas redes sociais. A empreendedora compartilha que outro intuito de sua pitzzaria é “provar que o veganismo não é um bicho de sete cabeças, mas sim uma comida caseira, simples, afetiva e extremamente saborosa”.

Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alyssa compartilha que a ideia do negócio surgiu durante a pandemia. Depois de voltar da faculdade, estava procurando uma fonte de renda mas não conseguia um emprego.

Alyssa Goergen Antoniolli

Além da falta de oportunidade, outra motivação para investir em sua empresa está relacionada ao período difícil que enfrentava no momento, envolvendo questões psicológicas. “Foi muito importante para me estabilizar em um momento de muita fragilidade e insegurança. O afeto, elogios e o reconhecimento dos clientes foram fundamentais para a melhora da minha saúde mental”, desenvolve.

O público é composto principalmente por mulhers, independente da escolha de alimentação. O maior alcance é pelo “boca a boca” dos próprios clientes que aprovam e indicam organicamente para amigos, familiares e colegas de trabalho. “Ainda está concentrado neste nicho de veganos e simpatizantes de uma alimentação mais saudável apoiadora do empreendimento local”, pontua.

Alyssa é a única responsável pela pizzaria, segundo ela o empreendimento representa sua capacidade de tocar um negócio com excelência, ideais e militância por um mundo melhor e também, seu amor pela cozinha e pela satisfação de alimentar bem, com qualidade e sabor. “Significa para mim a liberdade de me expressar completamente no meu trabalho, pautando assuntos fundamentais: saber de toda a linha do caminho que o alimento percorre desde a terra, ao prato e também a volta à terra, passando pelo local de onde vêm os alimentos, pelo meu trabalho e existência enquanto uma jovem, branca, lésbica, vegana que produz e vende em pequena escala em Lajeado”, conclui.

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