Presidente da CIC VT aborda associativismo em reunião-almoço da Cacis

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Rosa enfatizou a restruturação da diretoria para atender às demandas regionais. Créditos: Camille Lenz da Silva

Ocorreu, na manhã desta sexta-feira (17/3), a primeira reunião-almoço de 2023 da Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela. O convidado foi Ivandro Carlos Rosa, presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Vale do Taquari. Ele abordou o tema “Associativismo: a força dinamizadora do Vale do Taquari”.

Segundo Ivandro, o tema é a principal motriz da região: “Se saio da ilha do Vale e olho para ela de fora, vejo um movimento muito forte de investimentos, coisas que estavam mal resolvidas tomando forma”.

Ele citou a eclusa de Bom Retiro do Sul, que não gerava energia, e agora está sendo organizada para tal, e a finalização do monumento do Cristo Protetor que, segundo ele, está dinamizando a região.

“O associativismo está presente em todos esses movimentos, junto com o cooperativismo. A junção de ambos forma um dos modelos responsáveis para chegarmos no estágio em que estamos. Isso mostra que precisamos unir esforços, evitar o sombreamento, a disputa”, citou.

Ivandro lembrou, também, a duplicação da BR-386 entre Lajeado e Marques de Souza. “Levamos 30 anos para duplicar de Estrela a Tabaí. Agora, em dois anos, finalizamos essa importante obra. Em julho, o trecho de Marques de Souza até Curitiba estará duplicado. Caxias do Sul não tem isso, Pelotas e Santa Maria também não”, sinalizou.

O engenheiro civil acredita que, nos próximos três anos, o Vale verá sua mobilidade transformada, muito em função da soma de esforços. “Temos um diferencial, não esperamos que o governo faça, juntamos forças e viabilizamos, na base do associativismo e cooperativismo”, pontuou.

Diretoria Executiva

O presidente abordou, ainda, a transformação da diretoria da CIC VT, que passou a ser executiva. “Sentimos que precisávamos de pessoas especializadas por área, sabendo das reais necessidades de cada uma delas. Quem vai saber me dizer o que está acontecendo e o que efetivamente faz diferença na indústria é alguém que trabalha na indústria. Nosso Vale é muito diverso, temos particularidades por cidades”, contou.

Rosa explanou sobre cada uma das sete diretorias, e enfatizou a adição da diretoria de agronegócio. “A Cacis tem, outras associações têm. Entendemos que o agro é muito importante para não fazer parte da CIC”, disse.

Movimentos

O empresário citou, os movimentos realizados em 2022 em relação à adequação do comércio no pós-pandemia. “Muitas empresas não estão habilitadas a trabalhar no novo formato. Fizemos pesquisas nas associações comerciais para entender como as empresas estavam se portanto, e vimos que muitas delas não estão habilitadas para o novo formato. Precisamos muitos cursos para capacitá-los”, disse.

Ele lembrou também da participação no curso de Rotulagem Nutricional e abordou uma campanha de conscientização sobre o registro das marcas. “Menos de 5% das empresas daqui possuem. Precisamos estar mais atentos a questões básicas e estruturais”, pontuou.

Abordou a regulamentação do Arranjo Produtivo Local Alimentos e Bebidas Vale do Taquari, demanda antiga apresentada pela indústria. “Somos o Vale dos Alimentos, mas ainda não temos essa característica. Precisamos fortalecer esse ambiente, onde o grande, médio e pequeno precisam se ajudar. Nos últimos meses, demos seis cartas para os nossos membros, que vão usufruir de pontuação extra no Fundopem por fazer parte do APL. Temos ainda o Finep, em âmbito federal”, citou.

Rosa apontou a busca por parcerias com a Emater/RS-Ascar e a Secretaria de Agricultura do Estado e a divulgação do Vale na Expodireto Cotrijal. “Tenho certeza que temos potencial de fazer muito mais, e o primeiro ponto é contato – precisamos aproximar e vender a região”, enfatizou.

Na área de infraestrutura e logística, o presidente lembrou da participação da CIC VT no 1º Congresso de Logística dos Vales: “Avançamos na parte de aproximação dos modais (hidro, rodo, aero e ferroviário)”.

Rosa apontou a busca por parcerias com a Emater/RS-Ascar e a Secretaria de Agricultura do Estado e a divulgação do Vale na Expodireto Cotrijal. “Tenho certeza que temos potencial de fazer muito mais, e o primeiro ponto é contato – precisamos aproximar e vender a região”, enfatizou.

Na área de infraestrutura e logística, o presidente lembrou da participação da CIC VT no 1º Congresso de Logística dos Vales: “Avançamos na parte de aproximação dos modais (hidro, rodo, aero e ferroviário)”.

Porém, lembrou que o rio Taquari tem muitos desafios de navegação, e que é preciso retomar um plano de estratégia regional para “virar a página” na questão do plano de concessão de rodovias pelo Governo do Estado, enfatizando o diálogo com as associações de municípios dos vales do Taquari e Rio Pardo. “Não dá mais para aguentar a EGR. O governo nunca foi e nunca será um bom gestor de rodovias. Precisamos de uma empresa com capacidade técnica – estamos avançando nas estradas federais, e é necessário que isso também ocorra nas estaduais”, pontuou.

Por último, Ivandro citou a campanha do Mês do Associativismo, que ocorre em abril, e pediu que cada associação desenvolvesse ações e campanhas para fomentar o tema na região.

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