Prefeitos do G7 apreensivos com silêncio da Languiru

"Está ficando chato para nós dar datas e sermos frustrados junto com a população", concordaram os prefeitos.

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Crédito: Camille Lenz da Silva

O G7 – grupo formado pelos municípios de Colinas, Fazenda Vilanova, Imigrante, Paverama, Poço das Antas, Teutônia e Westfália – se reuniu nesta sexta-feira (27/10) em Paverama. Na pauta estiveram a inauguração das placas de turismo, a situação da Cooperativa Languiru, o alinhamento da reunião de encerramento do ano e o ofício elaborado a ser entregue à secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado, Marjorie Kauffmann.

Languiru

Vânia iniciou o assunto Languiru lamentando o impacto que a liquidação do mercado na cidade teve. “Está começando a ficar complicado, o fechamento ocorreu no mesmo dia da promoção e impactou bastante, vimos muitos funcionários abalados e tristes. Por outro lado, temos produtores pedindo auxílio jurídico para a Prefeitura”, situou.

Para o prefeito Germano Stevens, de Imigrante, os municípios estão disponíveis para apoiar no que for possível, mas não há o que fazer no caso de relações de trabalho privadas. Já o prefeito de Westfália, Joacir Docena, reforçou que os prefeitos fizeram o que podiam, movimentando o Estado, deputados e demais políticos. “Mais do que foi feito é impossível, trabalhamos muito pela cooperativa, mas não sabemos mais o que está acontecendo lá dentro. Não mandamos neles – quem sabe se mandássemos não estaria nessa situação”, pontuou.

Os prefeitos demonstraram dúvida sobre o anúncio da venda do frigorífico em Poço das Antas e a vinda do governador Eduardo Leite para oficializar o negócio. “Nos prometeram na reunião anterior que teríamos respostas e novamente nos passaram que na próxima semana haveria boas notícias, mas está ficando chato para nós dar datas e sermos frustrados junto com a população”, disse Vânia. Stevens concordou: “Estamos colocando nossa palavra em risco, e a situação está ‘enchento o saco’.”

Quanto à venda para a Coosuval, Docena mostrou ceticismo. “Acham que são a solução, mas quem vai suprir a ração do leitão a campo? Quem vai bancar os produtores? Está tudo muito fácil”, disse. Ele apontou que os mercados da Languiru se vendem sozinhos, porque são pontos muito desejados. “Todo mundo iria querer estes pontos, então porque não vende?” questionou. O vice-prefeito de Westfália, Clécio Spellmeier, apontou que apenas o mercado no município rendia R$ 6 milhões. “Não seria mais viável criar uma nova cooperativa para tocar os pontos, já que a Languiru não quis vender apenas um dos mercados?”, indagou. “A Languiru está dando exemplos do que não deve ser feito”, disse Amarildo.

Demais assuntos

O prefeito de Fazenda Vilanova, Amarildo Luís da Silva agradeceu a presença de todos os membros do G7 na 5ª Expofaz, que ocorreu de 19 a 22 de outubro. “Já temos empresários vindo conversar conosco para possíveis instalações no município. Acredito que, com a instalação da Fruki em Paverama, seremos diretamente beneficiados e haverá mudanças radicais”, projetou.

A prefeita de Poço das Antas e presidente do G7, Vânia Brackmann, apontou que reunião com a secretária estadual Marjorie está marcada para o dia 13 de novembro em Porto Alegre. O encontro irá tratar sobre a renovação dos convênios Mata Atlântica com os municípios, os quais alguns estão vencidos ou com prazo a vencer. Os municípios estão encontrando dificuldades em obter o Termo de Quitação.

Os presentes também falaram sobre a inauguração das placas de turismo, assunto este que está em pauta na agenda do G7 há mais de dois anos. A inauguração está prevista para o dia 6 de novembro em Imigrante.

Os prefeitos debateram também sobre a taxa de lixo, defasada em todos os municípios, que foram apontados pelo Tribunal de Contas, à exceção de Fazenda Vilanova. Colinas, Imigrante e Paverama são os municípios que ainda precisam criar projetos para iniciar a cobrança no meio rural entre o fim de 2023 e o início de 2024. Stevens pontuou que, em Imigrante, o valor estava defesado em 400%.

“O prefeito anterior foi irresponsável e por isso estamos com esse problema. Não encontramos a licitação da outra gestão e portanto fizemos licitação com recolhimento de 20 toneladas ao mês, sendo que na verdade recolhemos 35 a 40. Foi reajustado 100% esse ano para a cidade e ano que vem irei implantar no interior”, disse. “Só conseguiremos fechar essa receita quando começarmos a cobrança no rural”, concordou a secretária de Administração de Paverama, Taila Pedroso.

Quanto à Transcitrus, os prefeitos conseguiram que o projeto fosse o segundo mais votado dentre mais de 100 projetos através da bancada gaúcha. “Agora precisamos acertar os valores, que serão na ordem de milhões, para dar início às obras. Nosso grupo esteve bem organizado”, disse Vânia.

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