Crie Smart Cities abre debate sobre cidades inteligentes na Univates

Universidade se propõe a pensar formas de contribuir para o avanço do tema da inovação no Vale do Taquari

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Evento virtual da Univates abre debate sobre cidades inteligentes / Crédito da foto: Divulgação

Na noite da última quinta-feira (4) a Universidade do Vale do Taquari – Univates promoveu o evento virtual Crie Smart Cities: afinal, o que são cidades inteligentes?. Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, coordenador do Pacto Alegre, José Wellington Ramirez, representante da Ruta N, da Colômbia, e Andrés Arias, especialista em smart cities, estiveram reunidos virtualmente para debater o que são as cidades inteligentes com uma plateia de mais de 900 pessoas. 

Este é o último dos pré-eventos programados para anteceder a realização do Crie Smart Cities entre agosto e setembro. Em 2020, em novembro, a Univates já sediou outro evento como uma forma de introduzir o tema das cidades inteligentes junto às comunidades acadêmica e regional.  A atividade da quinta, 4, contou com a mediação de um dos articuladores do movimento Pro_Move Lajeado, Albano Meyer e da professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Fernanda Antonio. 

Durante seu pronunciamento, a reitora da Universidade, professora Evania Schneider, disse que a pandemia reforça a necessidade de se discutir as cidades inteligentes. “Precisamos estar melhor preparados para lidar com situações como essa que estamos vivendo”, disse, se referindo à pandemia. “A universidade é fundamental para articular esse processo, com seus diferentes conhecimentos”. 

Wise cities 

Silva Filho, que tem larga atuação junto tema das smart cities, foi o primeiro a dialogar e iniciou sua fala destacando que a humanidade vive no séculos das cidades, “cidades essas que, em geral, não foram planejadas”, disse. Para o especialista, cidades inteligentes são as conectadas em tempo real. 

Segundo Silva Filho, os dados coletados precisam estar à disposição da população e, em sendo acessíveis, serão também úteis. “A grande riqueza do século 21 são os dados”. O profissional também defende que as governanças terão que ser digitais na mesma proporção que a coleta dos dados acontecer e, da mesma forma, também os cidadãos precisarão se engajar por meio de uma cidadania ativa. “Cidades são feitas para as pessoas e para que as pessoas tenham uma vida melhor”. 

O especialista observa que, ao passo que as cidades inovam e se tornam inteligentes, estão caminhando para se tornarem sábias (“wise”), quando oferecerem condições mais humanas. “Temos que ter a inovação como meio, qualidade de vida com fim”, finalizou. 

Cidades mais humanas por meio da tecnologia

Andrés Arias esteve envolvido com a criação de um centro para estímulo à quarta revolução industrial na Colômbia. “Como usar a tecnologia a favor da humanidade?”, iniciou ele, questionando. Para Arias, a chave para pensar cidades inteligentes reside em pensar o futuro das cidades no longo prazo. “Costumamos pensar numa escala de tempo humana, mas é preciso ir além disso”, assegurou. Outro ponto fundamental para o profissional é a participação multissetorial no processo de construção das cidades, além da criação de redes nas quais as comunidades possam oferecer suporte umas às outras. 

“As cidades inteligentes colocam as pessoas no centro”

José Wellington Ramirez apresentou a situação prática da cidade de Medellín, onde existe o projeto Ruta N. Para o palestrante, ser uma cidade inteligente parte da atitude da cidade. “O mais fácil é a tecnologia, o mais complexo é o definir o propósito”, comentou. 

Após um período de grande explosão demográfica na década de 1990, “Medellín era uma cidade dita como sem futuro”, recorda Ramirez. A cidade partiu da realidade de problemas sociais ao momento em que é tida como uma das mais inovadoras do mundo em cerca de três décadas. Segundo o especialista, a mudança só foi possível pelo esforço coletivo. “As cidades inteligentes colocam as pessoas no centro. Em Medellín, mais de 1,5 mil entidades assumiram esse compromisso”. 

Sobre o Crie Smarts Cities

Com o Crie Smart Cities, que acontece de 30 de agosto a 3 de setembro de 2021, a Universidade do Vale do Taquari – Univates se propõe a pensar formas de contribuir para o avanço do tema da inovação em Lajeado e no Vale do Taquari. Mais informações sobre o evento podem ser conferidas em www.univates.br/criesmartcities

O Crie Smart Cities reunirá as semanas acadêmicas da Instituição, tratando de cinco temáticas relevantes para a sociedade: transformações tecnológicas, governança nas cidades, mobilidade urbana, sustentabilidade e qualidade de vida. 

Para isso, a Universidade promoverá uma série de debates, workshops, palestras, oficinas, atividades artísticas e culturais abertos à comunidade. Mais informações sobre o evento serão divulgadas em breve. 

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