Amvat questiona bandeira vermelha na região

Associação vai enviar documento ao governo do Estado solicitando revisão da classificação do Vale em relação à pandemia

792
Advogado Gladimir Chiele vai elaborar documento que será enviado ao governo do Estado

Os prefeitos da região decidiram, em assembleia geral da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), nesta segunda-feira (11.05) à tarde, em Encantado, elaborar um documento questionando a classificação de bandeira vermelha para todas as cidades do Vale no que diz respeito à pandemia provocada pelo Coronavírus. O documento será enviado nesta terça-feira (12.05) ao governo do Estado.

Para alguns prefeitos presentes à reunião, o Vale do Taquari está sendo discriminado. Eles não concordam que todos os municípios precisem manter o comércio fechado, por exemplo, já que a situação mais grave ocorre nas cidades maiores, como Lajeado. Para os gestores, há uma grande
preocupação, também, em relação à interdição de um frigorífico de Lajeado. “Quase todas as nossas cidades são produtoras de proteína. O que os nossos produtores vão fazer com os animais que ficam em suas propriedades?”, questionou o presidente da Amvat, Marcos Martini, que também é prefeito de Nova Bréscia.

O documento, em nome da Amvat, será elaborado pelo diretor da Consultoria em Direito Público (CDP), Gladimir Chiele, que palestrou sobre o tema “Medidas administrativas e legais para o fechamento das
contas”, na assembleia desta segunda-feira. Durante a palestra, Chiele também criticou algumas medidas adotadas pelos decretos do governo do Estado, que acabam restringindo a ação dos municípios. “É uma crise que vai destruir a economia em alguns casos e ninguém conhece mais o âmbito local do que o próprio prefeito para saber como agir”, defende.

Para Chiele, não há uma fórmula para os gestores administrarem neste momento. “Nunca passamos por essa situação, é um período irregular. Nós temos um decreto de calamidade no Estado que permite os gestores tomarem medidas excepcionais. O que precisamos é manter o princípio da razoabilidade, nunca abrindo mão da fiscalização e da transparência”, enfatiza.

O advogado destaca ainda que é momento de negociar. “Temos que negociar com aqueles que nos prestam serviços, mantendo um pagamento para que eles consigam se manter e possam voltar a nos prestar esse serviços após a pandemia. Não dá para deixar ‘quebrar’. Os municípios, que vão perder arrecadação, e as empresas precisam chegar vivos ao fim do ano, por isso, medidas devem ser tomadas agora”, frisa.

Durante a assembleia foram seguidas todas as recomendações de prevenção ao Coronovírus, como o distanciamento, disponibilização de álcool gel e uso de máscara.

- publicidade -