Importância de trabalho multidisciplinar com agressores é debatida em fórum em Estrela

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Juíza doutora Madgéli Frantz Machado falou sobre Projeto Borboleta. Créditos: Camille Lenz da Silva

Na manhã desta quarta-feira (23/11) ocorreu o II Fórum de Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Estrela. Com o tema “Nossa Estrela Acolhe Mais”, o evento foi realizado na Câmara de Vereadores das 8h ao meio dia.

A palestra principal do evento envolveu o Projeto Borboleta, de Porto Alegre, e foi apresentada pela juíza doutora Madgéli Frantz Machado, implementadora do programa na capital.

O projeto Borboleta compreende ações de qualificação para o trabalho e geração de renda, além de atuar com grupos reflexivos de gênero para homens. A iniciativa também encaminha para atendimentos psicoterápicos na rede de proteção e cursos profissionalizantes junto ao Senac.

A programação contou ainda com os temas “Violência de gênero e a Lei Maria da Penha”, “Tipos e ciclo da violência doméstica”, “Indicadores da violência contra a mulher de Estrela” e “Perfil das mulheres rurais do Rio Grande do Sul”.

Conforme a coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher de Estrela, Ioná Carreno, os indicadores que apontam a redução de casos de violência não repercutem a realidade.”Quando falamos sobre a violência contra a mulher, são cinco ou seis tipos de violência diferentes. Precisamos atingir todos eles para obter um impacto efetivo no indicador, e esse é o grande desafio. É por isso que esses encontros são tão importantes, já que neles conseguimos reunir vários órgãos e instâncias para buscar reduzir essa quase “pandemia” de violência doméstica e feminicídio”, citou.

Ioná citou ainda ações que estão sendo implementadas na cidade visando o agressor. No estado, cerca de 40 Centros de Referência atuam nesse sentido. Em Estrela, já está em andamento conversa para permitir que os encontros de gênero com homens sejam realizados no Fórum da cidade, um local mais seguro para os encontros.

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