EMEF Leo Joas promove projeto de inclusão para alunos surdos de Estrela

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Professora e alunos desenvolveram cartazes para facilitar a comunicação no ambiente escolar / Crédito: Rodrigo Angeli / Governo de Estrela / Divulgação

A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Leo Joas e a Secretaria de Educação (Smed) de Estrela promovem o projeto Sinais da Inclusão. O objetivo é facilitar a comunicação entre alunos ouvintes e surdos além de normalizar os gestos feitos com as mãos pelos colegas Mabily Cristiny de Moraes e Miguel Teixeira, de nove e 10 anos.

A ação também populariza e traz acessibilidade à Língua Brasileira de Sinais (Libras) e trabalha com o braile e a flexibilização e adaptação curricular. O programa terá novidades na volta às aulas e alunos terão surpresas.

Para a titular da Smed, Elisângela Mendes, ainda há um longo caminho a ser percorrido para tornar o processo mais natural e fácil, mas a secretaria continuará incentivando atividades especiais para encurtar essa distância e diminuir alguns obstáculos. No caso da Libras, o projeto ganhará um novo capítulo.

A escola Leo Joas se tornou referência no município por centralizar os casos de alunos surdos. Ana Fabíola Diedrich é professora na instituição e atende, de forma direta em sala de aula, os alunos Mabily e Miguel, que utilizam a Libras para se comunicarem e se inteirarem sobre o conteúdo passado pelo professor titular da turma.

Conforme lembra Ana, inicialmente o contexto era incomum para os demais colegas e chamava a atenção, mas passou a ser uma curiosidade construtiva, um interesse para saber como funcionava na prática para a dupla e se eles também poderiam aprender, que cresceu e chegou até às casas, com crianças comentando sobre isso com os pais.

O interesse virou trabalho e o projeto “Libras – como surgiu?” foi um dos selecionados e participantes da 1ª Feira Estrelas do Conhecimento. Na exposição, o trabalho foi um dos mais procurados por alunos e visitantes e tirou o segundo lugar na etapa municipal da feira.

Cartazes

Agora, no início de um novo ano letivo, a EMEF receberá a aluna Maya Valentina de Moraes, de seis anos, irmã de Mabily. Maya também é surda e não esconde o nervosismo pela mudança de escola e receio pela recepção dos novos colegas. Mas a presença da irmã e o auxílio do projeto são reconfortantes.

O educandário trará como novidade em 2023 a presença de cartazes com fotos dos dois alunos em alguns espaços comuns da escola, ilustrando os sinais e movimentos realizados com as mãos e os braços na Libras. “Queremos proporcionar uma introdução a este vocabulário básico, ao menos para coisas comuns e do dia a dia escolar. A inclusão dos alunos não pode acontecer apenas em sala de aula, mas também nas quadras esportivas e no recreio, locais onde podem ampliar a interação com estudantes de outras turmas, assim como com os funcionários, como geralmente ocorre na hora do lanche”, comenta Ana, professora responsável pela confecção dos cartazes.

Preparativos

Ana também recebeu a ajuda de Mabily na última semana, para colar os primeiros cartazes e tirar as últimas fotos para os demais temas. Sua irmã Maya foi junto, para se habituar aos espaços que frequentará em breve. Mabily, apesar de já mais acostumada, também não esconde a ansiedade. “Estou nervosa com a volta da aula, mas feliz. A Libras me ajuda muito. O projeto vai ajudar meus colegas e minha irmã”, afirma.

A mãe das meninas, Marilsa de Moraes, afirma estar feliz e emocionada. “Essas e outras ações de inclusão que este projeto da Educação está fazendo por minhas filhas e outras crianças são um avanço, um ‘óculos’ para quem tem um problema de visão. Não soluciona, mas ajuda muito, se torna essencial no dia a dia delas”, pontua.

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