Rotary de Teutônia entrega prótese de mão a Sidimar Lindemann “Puvi”

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A doação é uma parceria com o projeto Mãos Solidárias do Rotary Club de Maringá / Crédito: Divulgação

Em uma lida comum do trabalho no campo, Sidemar Lidemann, de Westfália, teve sua mão amputada em um grave acidente em um maquinário agrícola no dia 2 de junho de 2023. Ele fala da situação como extremamente dolorosa e assustadora, pois permaneceu preso por 2 horas até ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros com auxílio de vizinhos. Felizmente, um dente do rolo entrou em seu músculo e comprimiu a veia, impedindo uma hemorragia fatal.

Puvi, como é conhecido, enfrentou uma longa jornada de recuperação física e psicológica. “No começo não foi fácil, foi tensa a situação”, relata.

A amputação o impossibilitou de realizar diversas atividades, especialmente as que exigiam esforço braçal, comuns em sua vida no interior e de jogador de futebol. Puvi é conhecido na região por jogar no Juventude da Berlim, onde atuou como goleiro.

Mas, como um grande presente de fim de ano, Sidimar recebeu, nesta terça-feira (17/12), uma prótese do Rotary Club de Teutônia e do projeto paranaense Mãos Solidárias, que distribui próteses de mão produzidas pelo “The LN4 Hand Project”, da Califórnia. A entrega foi realizada no Restaurante da Rejane, em Westfália.

Crédito: Divulgação

A prótese doada traz uma fagulha de esperança na vida de Sidimar. O período de adaptação já está nos planos dele, e sabe que o dispositivo vem para auxiliar no dia a dia.

Novas possibilidades

A força interior e a vontade de seguir sopraram bons ventos para a sua vida. “Tem coisas que eu não consigo mais fazer e preciso de ajuda. Tenho que contornar”, afirma. Ele buscou apoio na família e amigos e passou a contar com a ajuda da sobrinha e de um vizinho para as tarefas do dia a dia.

A busca por recuperar a funcionalidade perdida o levou a participar também de um projeto inovador da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) para o desenvolvimento de próteses mioelétricas em 3D. Após ser aprovado nos testes, ele aguarda ansiosamente a possibilidade de utilizar essa tecnologia avançada, que permitirá movimentos mais precisos e naturais.

Além deste projeto da Unisc, Puvi participa de outro, com uma prótese construída pela startup gaúcha Limbx. Enquanto aguarda a prótese mioelétrica, ele será contemplado com a prótese mais simples do Rotary Club, que já o auxiliará em diversas atividades.

Puvi destaca a importância de buscar oportunidades e não se deixar acomodar pelas dificuldades. “Temos que correr atrás, nada cai do céu”, afirma, encorajando a proatividade diante dos desafios.

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