Casos de Dengue estão estabilizados em Teutônia

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Inseticida Fludora é um dos responsáveis pela redução de casos na cidade. Aplicação é realizada pela Vigilância Sanitária / Crédito: Divulgação

Após um longo período de crescimento da doença e um óbito em 2024, os casos de dengue estão estabilizados em Teutônia. O município não registra novos casos desde o dia 20 de junho. O acumulado é de 464 ocorrências neste ano. O surto no Bairro Alesgut também está amenizado e em constante monitoramento pela Vigilância Sanitária.

Segundo o coordenador Evandro Borba, os levantamentos apresentam bons índices. “Esta semana nós fizemos o terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti(LIRAa). As equipes de saúde visitam pontos do município sorteados por um sistema de computador. Em toda Teutônia, nós encontramos apenas uma larva do mosquito. Fizemos um mapeamento para que se eliminasse ao máximo naquele local. Encontrar larvas de Aedes em um tempo frio e rigoroso e com muita chuva é porque o local é complexo. Vamos tomar as ações para não ter problemas futuros”, afirma.

Os dados só foram possíveis após o empenho da população, aplicação de inseticidas em locais públicos e privados e uso de repelentes. “A gente cobra tanto para ter cuidados em casa, mas agora é momento de parabenizar”, comemora Borba.

Porém, com a alta das temperaturas, a comunidade deve manter os cuidados. As famílias devem verificar potes, pneus e demais objetos que possam acumular água e proliferar o mosquito. “Nesses veranicos, em apenas sete dias o mosquito já pode eclodir e ficar em sua forma de ataque. E os ovos do mosquito da dengue podem ficar até dois anos quietinhos. Basta vir uma água e passar por eles que aqueles ovos já viram larvas em cerca de quarenta minutos”, alerta o coordenador.

O cuidado também é importante dentro de casa, uma vez que os insetos podem se esconder entre cortinas, atrás de geladeiras antigas, perto de lareiras. Já para aqueles que viajarem neste período, especialmente para lugares mais quentes, é necessária a utilização de roupas compridas e repelentes, principalmente em crianças e idosos.

O coordenador ainda ressalta o papel da população no combate ao mosquito. “A participação social é fundamental em todas as ações de saúde. Se a população não colaborar, a chance de dar errado é muito grande”, diz.

Ovitrampas RS

O próximo passo é a implantação de um sistema via satélite para controlar a proliferação do Aedes aegypti no município. São armadilhas compostas de uma palheta de madeira e levedura de cerveja, que atraem a fêmea do mosquito. Quando o ela deposita seus ovos, é possível fazer a quantificação e eliminação dos ovos.

Além de atrair o mosquito, as ovitrampas são eficientes em detectar o inseto em locais de difícil acesso, onde o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti(LIRAa) não aponta infestação.

No Rio Grande do Sul, o uso das ovitrampas iniciou em 2022. Atualmente, 107 cidades gaúchas fazem uso do equipamento – na área de atuação da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), há 24 municípios ovitrampas. Dentre eles, Bom Retiro do Sul, Estrela, Fazenda Vilanova, Imigrante e Westfália. O material já havia sido adquirido mas, devido à enchente de maio, sua instalação foi prorrogada.

O equipamento será instalado em 60 pontos de Teutônia, incluindo escolas, empresas e casas. Cerca de 50 locais já foram mapeados, e a expectativa é de que a implantação ocorra o mais rápido possível. Quando isso ocorrer, a população vai poder ver de casa, via internet (PainelOvitrampasRS), quais pontos onde há o mosquito. A implantação também trará mais praticidade para a Vigilância fazer o bloqueio da situação com inseticida, limpeza e mobilização social.

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