Mapa preliminar: região permanece em bandeira vermelha

655

Divulgado nesta sexta-feira (25/12), o mapa preliminar da 34ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado continua refletindo o alto índice de contágio e de ocupação dos hospitais por coronavírus no Rio Grande do Sul. Embora mais cinco regiões tenham se somado a de Guaíba e ficado com bandeira laranja (risco epidemiológico médio), o restante do Estado segue em alerta – o que representa 76,5% da população gaúcha de 414 municípios.

Nesta rodada, com exceção de Taquara, Novo Hamburgo, Cruz Alta, Pelotas, Bagé e Guaíba, as outras 15 regiões Covid apresentaram risco alto de contágio, classificadas, portanto, com bandeira vermelha. A região de Lajeado ficou, novamente, em bandeira vermelha. Nesta semana, a região teve a maior médio do estado: 2,15. O mínimo para ingressar na bandeira vermelha é 1,50. E na bandeira preta, 2,50. Na semana passada a média da região havia sido de 1,65.

A Região de Lajeado apresentou piora em um indicador que abrange dados específicos da região, totalizando 2 destes em
avaliação de risco máxima (bandeira preta). Com a piora em dois indicadores de Velocidade de Propagação e um de Mudança da
Capacidade de Atendimento da Macrorregião dos Vales, houve elevação da média ponderada final da região que se manteve dentro
dos parâmetros que determinam a bandeira final na cor vermelha. A região possui cogestão, ou seja, tem alguns regramentos próprios e pode adotar algumas medidas da bandeira laranja.

Para o total do Rio Grande do Sul, houve redução no registro de novas hospitalizações confirmadas com Covid-19 (-14%) e no número de internados em leitos clínicos Covid (-6%). Já as UTIs apresentaram aumento no número de internados com coronavírus (+5%).

Contabilizando os pacientes internados por Covid e também outras causas, nesta semana, houve novamente estabilidade no número de leitos de UTI ocupados. Com a abertura de leitos e o aumento dos confirmados com Covid-19 em UTI, a razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 ficou praticamente equivalente.

As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (256), Caxias do Sul (157), Passo Fundo (103), Canoas (100) e Pelotas (61).

Cogestão

Entre as 19 regiões Covid que aderiram ao sistema de cogestão regional, as 14 que estão em bandeira vermelha podem adotar os protocolos próprios compatíveis até o nível de restrição da bandeira laranja. Já as cinco regiões classificadas em laranja que estão na cogestão podem utilizar protocolos de bandeira amarela, se estiver previsto no plano de cogestão.

As únicas regiões que obrigatoriamente têm de seguir as regras definidas pelo Estado são Uruguaiana e Guaíba, que não enviaram planos regionais. Caso ainda não tenham sido enviados protocolos ou o plano regional não esteja vigente, o governo abre possibilidade de recepção imediata de padrões mais flexíveis até a bandeira imediatamente inferior, sem esperar prazo de 48 horas para submissão e validade de novo plano regional.

Confira os protocolos próprios de cada região: https://planejamento.rs.gov.br/cogestao-regional

Como o mapa preliminar foi divulgado às 19h desta sexta (25/12), municípios e associações regionais que desejarem enviar pedido de reconsideração ao mapa preliminar têm uma hora a mais – para fechar o prazo de 36 horas – para enviar sua solicitação ao governo. O formulário online ficará disponível até as 7h de domingo (27/12).

O número de recursos recebidos será divulgado em matéria no site do governo na manhã de domingo. Os pedidos serão analisados pelo Gabinete de Crise e o mapa definitivo será divulgado também no site às 16h30 de segunda-feira (28/12). A vigência das novas bandeiras será de 29 de dezembro a 4 de janeiro.

MUDANÇA DE BANDEIRAS

Macrorregião Sul: de vermelha para laranja

Há duas semanas, Bagé e Pelotas (macrorregião Sul) estavam em bandeira preta no mapa definitivo da 32ª rodada, as regiões retornaram à cor vermelha na 33ª rodada e, agora, aparecem com bandeira laranja no mapa preliminar desta semana. A alteração se deve à redução de alguns indicadores que compõem o modelo de Distanciamento Controlado.

Apesar de Bagé ter aumentado o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19, de 18 para 23 (mesmo número da 32ª rodada), Pelotas teve uma redução de 25 hospitalizações: foram 61 ante 86. Já em relação ao número de óbitos, o cenário se inverte. Bagé teve uma redução de 50% (de 6 para 3), contudo, Pelotas teve um aumento significativo de 36% – foram 45 óbitos nesta semana e 33 na semana passada.

Consequentemente, a Macrorregião Sul teve um aumento no número de leitos de UTI livres, de 22 para 34, sendo que na 32ª rodada (em que a região estava em bandeira preta) eram apenas 15. Os números do indicador de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e de internados em leitos de UTI Covid no último dia se mantiveram quase estáveis, 62 e 48, respectivamente. Entretanto, o número de internados em leitos clínicos Covid no último dia aumentou de 80 para 88, mas ainda é menor do que os 102 da 32ª rodada.

Novo Hamburgo e Taquara: de vermelha para laranja

Com a mudança de bandeira nas regiões de Novo Hamburgo e Taquara, a Macrorregião Metropolitana tem metade das regiões classificadas em risco de contágio médio. Novo Hamburgo registrou queda no número de hospitalizações por Covid-19 (de 81 na semana passada para 56) e expressiva diminuição no número de óbitos (de 44 para 26). Taquara também apresentou queda nos mesmos indicadores: com redução de 10 pacientes hospitalizados (de 26 para 16) e seis óbitos, quatro a menos do que na semana anterior.

Além dos números de melhora registrados nas duas regiões, a Macrorregião Metropolitana tem 50 pacientes a menos internados por Covid-19 em leitos clínicos e aumento de 16 leitos de UTI livres, o que favoreceu a composição da média das duas regiões.

Cruz Alta (macrorregião missioneira): de vermelha para laranja

Nesta rodada, Cruz Alta retorna à bandeira laranja (risco epidemiológico médio), após estar na vermelha na 33ª rodada e ser a única com bandeira laranja na 32ª. A alteração é o resultado do número estável nos indicadores individuais – tanto hospitalizações confirmadas para Covid-19 quanto número de óbitos teve um aumento de um caso –, somados a um expressivo aumento no número de leitos da macrorregião missioneira, de 30 para 46.

Alerta para a Macrorregião dos Vales

As três regiões da macrorregião dos Vales já estão classificadas com bandeira vermelha no mapa preliminar desta 34ª rodada e, devido ao avanço da ocupação de leitos de UTI por pacientes confirmados para Covid-19, merecem atenção.

A macrorregião registrou aumento em termos de ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid-19 (de 44 para 48) – valor mais alto em toda a série histórica da macrorregião. Ainda, houve redução de 50% na oferta de leitos livres para tratamento intensivo na região, que agora está com 15 unidades – na semana anterior eram 30.

Por último, o indicador relacionado à capacidade de atendimento piorou no comparativo entre as semanas. O percentual de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos de UTI, com relação aos leitos livres, aumentou consideravelmente. Enquanto na semana passada havia 0,68 leito de UTI livre para cada leito de UTI ocupado por paciente Covid-19, nesta semana o indicador passou para 0,31 – número mais baixo entre todas as macrorregiões nesta rodada e, praticamente, igual à da macrorregião Sul da 32ª rodada, quando as regiões de Pelotas e de Bagé obtiveram bandeira preta.

REGRA 0-0

De acordo com o mapa preliminar da 34ª rodada, 414 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 8,7 milhões de habitantes, o que corresponde a 76,5% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes).

Desses, 163 municípios (665,9 mil habitantes, 5,9% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.

- publicidade -