Cigarrinha causa danos no milho e preocupa sobre próxima safra

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Crédito da foto: Luciana Brune

Áudio na íntegra disponível no site da Rádio Popular

Cigarrinha causa danos no milho e gera preocupação com a próxima safra. Michael Serpa, da Emater, e Nestor Schneider, da KWS Sementes, trouxeram as informações a respeito desse assunto na manhã desta quarta-feira (19/5), no Espaço Aberto.

Há 15 anos já era possível visualizar alguns ataques de cigarrinhas, mas de forma isolada, explica Nestor. O animal é uma questão séria no centro brasileiro e acabou se proliferando para demais áreas, inclusive ao Rio Grande do Sul, percebendo sua presença em maior quantidade a partir do ano passado.

O ataque pode ocorrer em qualquer momento do estágio de produção da planta. Michael coloca que o impacto é maior quanto mais cedo ela entra. A cigarrinha é o vetor de duas bactérias e um vírus. Se a cigarrinha estiver contaminada ao sugar a planta, a doença se desenvolve ao longo de toda a cultura. Por vezes, demora a percepção da doença. Quando a planta é atacada no final da cultura os danos são menores.

Schneider traz alguns sinais que o produtor consegue visualizar na planta, como folhas bem juntas, avermelhamento das folhas, plantas muito pequenas que não chegam nem a se desenvolver. Ele ainda pontua que no segundo plantio as perdas ficaram em torno de 50%. Há também variantes que estão sendo identificadas nas lavouras da região.

Conforme Serpa, algumas empresas já possuem sementes com um nível de tolerância maior, mas ele lembra que comprando essa variedade não se tem uma garantia total, mas é uma das ferramentas de controle. Na avaliação de Michael, a praga provavelmente migrou para a região em função de dois anos de estiagem, já que é um animal que se instala em regiões de temperaturas mais altas. Outra estratégia é controlar o milho que nasce após a colheita, eliminando-o.

Convidados: Michael Serpa, da Emater, e Nestor Schneider, da KWS Sementes
Data: 19/5
Assuntos:
– Cigarrinha causa danos no milho;
– Em que momento pode ocorrer o ataque;
– Sinais que o produtor pode observar;
– Estratégias de controle.

Áudio na íntegra disponível no site da Rádio Popular

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