Síndrome de Burnout precisa de atenção

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Os médicos Luiz Fernando Schilling e Sodriane D’Ávila fizeram um bate-papo sobre o tema Síndrome de Burnout durante o 2º Café com o HOB / Crédito: Lucas Leandro Brune

Os médicos Luiz Fernando Schilling e Sodriane D’Ávila fizeram um bate-papo sobre o tema Síndrome de Burnout durante o 2º Café com o HOB, na manhã de terça-feira (28/3). “A síndrome se popularizou na Olimpíada de Tóquio quando a atleta norte-americana Simone Biles foi afastada por este motivo”, lembra Schilling. Os estudos da síndrome são mais antigos, porém é mais recente sua associação com um estresse crônico e esgotamento profissional – ficar esgotado por ter trabalhado demais.

Os sintomas mais comuns são: dores de cabeça e de estômago; problemas cardíacos, intestinais, respiratórios e dermatológicos. “É o que chamamos de produtividade tóxica, muito associada ao mundo digital de termos que performar – tudo tem que funcionar e dar certo”, alerta Schilling. A médica Sodriane complementa que “estamos impelidos nesta realidade, com uma pressão muito grande no trabalho”.

O tratamento pode levar de 3 a 4 meses, porém em casos mais severos “pode até representar a troca de emprego”, informa Sodriane. O tempo varia conforme a gravidade e a reação de cada paciente, pois consequências do Burnout são depressão e ansiedade.

O problema não é apenas do indivíduo, mas do ambiente social no qual ele trabalha. Por isso, os médicos sugerem treinamentos constantes, avaliações periódicas e acompanhamento das equipes de trabalho. “Há um risco trabalhista e financeiro”, alerta Schilling.

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