Frigoríficos da Languiru podem ser comprados por Seara

Na Seara, o interesse pelos ativos da Languiru é mais uma demonstração da ambição da JBS de crescer o negócio no país

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Frigorífico de Aves da Languiru em Westfália // Crédio: Arquivo FP

Dados divulgados pela Newsletter The Agribiz, a Seara está interessada na aquisição dos frigoríficos da Cooperativa Languiru. Conforme eles apuraram, a empresa ofereceu R$ 400 milhões, mas não fechou negócio, pois a cooperativa quer R$ 1 bilhão pelos ativos, que incluem dois abatedouros (um de aves e outro de suínos) e a fábrica de ração.

A Languiru disse que “trabalha com diferentes possibilidades de negociação”, mas que, “por questões de confidencialidade que as tratativas exigem, neste momento não irá se pronunciar”. A Seara não se pronunciou sobre o assunto.

Conforme a Agribiz, na Seara, o interesse pelos ativos da Languiru é mais uma demonstração da ambição da JBS de crescer o negócio no país. Liderada pelo ex-PepsiCo João Campos, a companhia está no meio de um programa de R$ 8 bilhões em investimentos. A compra de ativos de companhias em dificuldades é parte do DNA da JBS, gigante de carne que ergueu a maior companhia de proteína animal do planeta a partir de M&As.

A COOPERATIVA

No mês passado, a Languiru chegou a assinar um memorando de entendimentos com um consórcio chinês (ITG Holding e TJJT) que demonstrou interesse nos ativos. A ideia original era uma joint venture com os asiáticos. A cooperativa ficaria com alguma participação no negócio.

Há duas semanas, o então presidente da cooperativa, Dirceu Bayer, comentou ao The Agribiz que a sociedade com os chineses equacionaria os problemas. “Se fizermos a joint venture, podemos pagar os bancos com esses recursos e ficar com pouca dívida na cooperativa”, analisa. No entanto, há um receio no mercado de que a proposta dos asiáticos não vai se concretizar. Ainda nesta questão, para a Folha Popular, Bayer afirmou que “não vão vir de imediato.”

Porém na última segunda-feira (17/04), a crise financeira levou à renúncia do presidente, que estava há 21 anos no cargo, além de todo o conselho de administração. Uma assembleia de cooperados convocada para 29 de abril deve eleger e empossar os novos dirigentes da Languiru, em Teutônia.

A cooperativa deve mais de R$ 800 milhões a bancos e credores do mercado de capitais e já fechou uma parceria, em março, com a empresa Lactalis para o setor de lacticínios.

Fonte: The Agribiz

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2 COMENTÁRIOS

  1. De um forma ou outra recuperar a Coop
    Não só será salva mas os 5.700 sócios este que é o norte.

  2. Porque ainda não demitiram esses gerentes incompetentes e que prestaram um deserviço de total irresponsabilidade?

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